1m61, a mais baixa na lista das melhores do mundo. Baixinha
e incansável trabalhadora como uma legítima formiguinha. “Ela está sempre
pronta para treinar mais, e quer treinar mais, tem uma disposição incomum para
treinar”, diz o seu treinador. A tcheca Dominika Cibulkova sabe que precisa
compensar seu tamanho muito distante das moçoilas altas que dominam o esporte.
As marmanjonas e suas grandes envergaduras e ângulos mais agudos com que podem
bater na bolinha, cobrem bem tanto a horizontal como a vertical das bolas adversárias.
Cibulkova não tem essa vantagem mas, já que seus braços não podem voar, suas
pernas podem. Coxas e panturrilhas titânicas forjadas em horas de trabalho
pesado fazem ela deslizar em velocidade supersônica por todos os cantos. Chega
em todas as bolas com suas perninhas fortíssimas. E há ainda sua garra de
trator arando a terra para a colheita. Só contasse com sua raça e esta
guerreira já seria um páreo duríssimo para qualquer uma, mas ela ainda conta
com a dádiva de ter um dom: é também técnica, capaz de colocar os mais
venenosos e belos efeitos na sua raquete e bolinha. Assim ela não deu chances
para a número 1 do mundo, a bielorrussa Vitória Azarenko no domingo pela manhã.
Um domingo que amanheceu com a beleza de sai determinação, velocidade e técnica
incomum. E avançou na manhã brasileira com um final maravilhoso como seu
sorriso vencedor. O sorriso que só deu após superar os traumas de várias
derrotas para a número 1 meses antes. O sorriso da menor melhor tenista do
mundo.
*Dominika é tão corajosa que faz diferente da grande maioria
das tenistas do leste europeu. Não deixou seu país para encontrar mais apoio e
investimentos nos EUA. Ela segue vivendo, treinando e lutando em seu próprio
país, na cidade de Bratislava.
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