segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pequena Gigante


1m61, a mais baixa na lista das melhores do mundo. Baixinha e incansável trabalhadora como uma legítima formiguinha. “Ela está sempre pronta para treinar mais, e quer treinar mais, tem uma disposição incomum para treinar”, diz o seu treinador. A tcheca Dominika Cibulkova sabe que precisa compensar seu tamanho muito distante das moçoilas altas que dominam o esporte. As marmanjonas e suas grandes envergaduras e ângulos mais agudos com que podem bater na bolinha, cobrem bem tanto a horizontal como a vertical das bolas adversárias. Cibulkova não tem essa vantagem mas, já que seus braços não podem voar, suas pernas podem. Coxas e panturrilhas titânicas forjadas em horas de trabalho pesado fazem ela deslizar em velocidade supersônica por todos os cantos. Chega em todas as bolas com suas perninhas fortíssimas. E há ainda sua garra de trator arando a terra para a colheita. Só contasse com sua raça e esta guerreira já seria um páreo duríssimo para qualquer uma, mas ela ainda conta com a dádiva de ter um dom: é também técnica, capaz de colocar os mais venenosos e belos efeitos na sua raquete e bolinha. Assim ela não deu chances para a número 1 do mundo, a bielorrussa Vitória Azarenko no domingo pela manhã. Um domingo que amanheceu com a beleza de sai determinação, velocidade e técnica incomum. E avançou na manhã brasileira com um final maravilhoso como seu sorriso vencedor. O sorriso que só deu após superar os traumas de várias derrotas para a número 1 meses antes. O sorriso da menor melhor tenista do mundo.
*Dominika é tão corajosa que faz diferente da grande maioria das tenistas do leste europeu. Não deixou seu país para encontrar mais apoio e investimentos nos EUA. Ela segue vivendo, treinando e lutando em seu próprio país, na cidade de Bratislava.

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