sexta-feira, 11 de maio de 2012

A última fortaleza do amor no futebol mundial

Lembram dos rostos sem expressão dos jogadores da seleção brasileira após a eliminação na Copa de 2010? Lembram da frieza dos jogadores do seu time de coração e das desculpas esfarrapadas após mais um fracasso? Lembram da festa armada por Ronaldinho Gaúcho um dia após o baile que a seleção tomou de Zidane na Copa de 2006? A mensagem, espírito e coração do Athletic de Bilbao é exatamente oposta. O clube basco (um verdadeiro outro país, em alma, dentro da Espanha) deu uma belíssima lição de amor e dor na última terça-feira. Seus jogadores, todos de origem basca, todos criados no clube desde pequenos, não conseguiam parar de chorar após a dura e contudente derrota na final da Liga Europa. Talvez esse grupo seja um dos últimos do planeta a verdadeiramente amarem uma camisa e um povo, como mostrou as cores da camisa que eles usaram na decisão, com as cores do País Basco. Que esta dura derrota não prejudique o belíssimo e corajoso trabalho implantado pelo treinador argentino Marcelo "Loco" Bielsa no clube, um trabalho baseado no toque de bola e no ataque sem medo. Em tempos tão mercenários como esses, nunca a locura do futebol jogado com arte e amor foi tão necessária.
O vídeo com a dor e amor dos homens do Bilbao você vê aqui.

Genial


Ele andava meio ofuscado pela genialidade e gols em série de Neymar, mas o mais elegante dos jogadores brasileiros está voltando a dar suas pinceladas magistrais. Não há o que dizer. A arte, quando em estado máximo, nos tira as palavras. Gol de letra, pintada com bico de pena, de Ganso.