sábado, 6 de novembro de 2010

Viagem sem fim

Poucas jogadas são tão belas e emocionantes no esporte: a bola parece que não vai cair nunca. Obedece à entrega de atletas sem medo que se atiram sem medo em defesas quase impossíveis. Ataques e defesas se sucedem como uma troca de torpedos sem fim de uma partida de tênis.
O tempo corre a algumas atacantes começam a diminuir a força. Sabem que a derrota nesta jogada dará muita moral às adversárias. O medo de errar aumenta o drama e a bola não tem outra opção senão viajar quase que eternamente de um lado a outro da rede.
O público, que mal respira, não quer que o lance termine; o locutor de TV carrega no tom épico e exagerado que a jogada realmente merece.
Até que alguém mais experiente ou louca mesmo consegue encontrar um espaço ou simplesmente enfia a mão e acaba com a brincadeira.
A bola cai, o ponto termina e a nós, amantes do esporte, resta a raiva de quem estragou esse grande prazer e espetáculo chamado rally do voleibol.

* Italianas e alemãs protagonizaram um inesquecível rally de quase um minuto e meio hoje no Campeonato Mundial. As germânicas venceram esta disputa, no 1º set em que venceram, mas depois perderam para as renascidas italianas, que foram comandadas por uma espetacular atuação da deusa Francesca Piccinini, 25 pontos no jogo. 3 sets a 1, com um 2º set de também espetaculares 32 a 30 para as bellas da Bota, que na sequência enfiaram um massacrante 25 a 8 e depois fecharam o jogo.

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